segunda-feira, 6 de abril de 2009

  • Children's Society divulga Relatório da Boa Infância

    26/03/2009

    Nos últimos 30 anos, o mundo assistiu ao aumento alarmente do consumismo na infância e já existem diversos estudos que relacionam esse fato ao forte apelo comercial voltado a crianças de até 12 anos de idade. A publicidade veiculada em meios de comunicação, os produtos e serviços associados a personagens famosos, os brindes, os jogos e as embalagens chamativas são os que mais influenciam esse público nas práticas de consumo. Em fevereiro de 2009, mais uma pesquisa aponta para esse fenômeno, desta vez conduzida pela organização não-governamental inglesa Children’s Society e publicada no recém-lançado livro The Good Childhood Inquery (O Relatório da Boa Infância).

    Embora os resultados tenham sido divulgados no fim de fevereiro deste ano, a pesquisa teve início em 2007 e abordou aspectos ligados a saúde mental, vida familiar, amizades, ensino e estilo de vida de crianças e adolescentes, com o objetivo de identificar os principais pontos para a garantia de uma boa infância. Especialistas que conduziram o estudo concordam em um aspecto: quanto mais nova é a criança, mais vulnerável ela fica em relação às pressões consumistas. Dessa forma, uma das recomendações da publicação é banir a publicidade dirigida às crianças até os doze anos.

    Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, uma das coordenadoras do Relatório da Boa Infância, a professora do Instituto de Psiquiatria de Londres Judith Dunn afirmou que as crianças são induzidas por aquilo que vêem em publicidades de TV. Ela também chamou a atenção para os impactos negativos do avanço da tecnologia com o surgimento do “cyberbullying”. Cada vez mais fica claro que o fim do consumismo infantil depende de um esforço global, que envolva políticas públicas, responsabilidade empresarial e cidadania.


    Conheça algumas recomendações da pesquisa Good Childhood para:


    O Estado:

    Oferecer serviços de melhor qualidade para quem quiser ter filhos;

    Avaliar a saúde mental de crianças sob custódia e sob cuidados do Estado;

    Elevar a remuneração de todas as pessoas que trabalham com crianças, incluindo professores e assistentes sociais;

    Iniciar uma grande campanha para convencer empregadores a contratar jovens aprendizes;

    Construir um centro para a juventude de alta qualidade;

    Banir a publicidade destinada a crianças menores de 12 anos;

    Banir a publicidade de álcool e alimentos não-saudáveis na televisão antes das 21h.

    A Mídia:
    Repensar o volume de violência divulgado nos meios de comunicação, assim como a imagem do jovem, que é transmitida de forma negativa, como se fosse uma ameaça à estabilidade social.

    Os Anunciantes:
    Parar de estimular a sexualidade precoce, o elevado consumo de álcool e excessos na alimentação.

    A Sociedade:
    Assumir uma postura mais positiva relacionada às crianças, abraçando-as no contexto social e auxiliando-as.

    Os Pais:
    Assumir um compromisso de longo prazo um com o outro;

    Estar plenamente cientes a respeito do que envolve a decisão de ter um filho;

    Amar seus filhos e estabelecer limites para eles;

    Ajudar os filhos a desenvolver qualidades de espírito.

    Os Professores:
    Ajudar as crianças a desenvolver personalidades felizes e amigáveis;

    Basear a disciplina no respeito mútuo;

    Eliminar a violência física e psicológica das escolas;

    Tornar a educação pessoal, social e de saúde imprescindível;

    Apresentar aulas de educação sexual e de relacionamentos como parte da educação emocional e social das crianças, e não apenas como parte da disciplina de Biologia;

    Elaborar novas avaliações de bem-estar emocional e bom comportamento.

    Conheça o site do Children’s Society
    www.childrenssociety.org.uk/default.asp

    Leia a matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo
    www.alana.org.br/CriancaConsumo/NoticiaIntegra.aspx

extraido do site

http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/NoticiaIntegra.aspx?id=5956&origem=23

postado por Bruno...seguindo o contexto....

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